palestra linguagem

palestra linguagem

sexta-feira, 18 de junho de 2010

resenha crítica da obra Fausto de Goethe

É considerada a maior obra da literatura alemã. Seu autor começou escrever o Fausto na juventude, e só a conclui quando velho. Sua obra é uma versão moderna do mito eternizado pelas "crendices" de Lutero e o talento de Christophe Marlower, contemporâneo de William Shakespeare (século XVI). Na versão de Marlower, o personagem Fausto faz um  pacto com o diabo para usufrir de riqueza, mulheres e ter de volta a juventude, no entanto, no prazo de vinte anos exatos, o diabo vem e sua morte é cruel. Ele é despedaçado por um raio, seu corpo fica espalhado por toda sala. Assim, temos a punição exemplar para aquele que deseja mais do que aquilo que Deus dar. No Fausto Moderno (de Goethe), escrito no século XIX, Fausto mostra-se um homem em busca da satisfação de seus desejos. Ele não via como sentir prazer, satisfação nas coisas materias, mundanas, então, procurava respostas na filosofia, na ciência, nas magias (branca e negra).  Já era velho, não tinha mais tempo para viver aquilo que ainda havia a descobrir. O Diabo lá do inferno planejava roubar sua alma. Deus estava satisfeito dele não apegado as coisas materiais. Deus e o Diabo fazem um pacto (1° pacto): Deus permite que o Diabo (Mefistófeles) o tente, e assim, ele lhe faz a proposta. Como no Fausto de Marlower, no entanto, Fausto faz uma ressalva e coloca uma condição: "ao fim do nosso trato, se eu me sentir satisfeito, pode levar minha alma, ela é tua". Em fim do prazo determinado, Mefistófeles vem ao encontro de Fausto, mas os anjos de Deus também. e diferentemente da história de Marlower, ele se salva, pois o Diabo deu-lhe tudo que sonha um homem "mediocre": reinos, riquezas, a mulher que quizesse (deu-lhe Helena de Tróia e a bela donzela Margarida, que se suicida após Fausto a abandonar), todo conhecimeno humanamente possível de ser alcançavel, no entanto, tudo isso não era nada, ele desejava o  infinito, algo para além desse mundo, ou seja, fundi-se a DEUS. Goethe nos ensina que as pessoas de grande alma não se enquadram nesse mundo, sentem mais do que outros que tudo a nossa volta não nos pertence, não somos nós, ou talvez seja, pois na concepção de Goethe (inspirada na filosofia da Natureza de Espinosa) Deus é a própria natureza em seu eterno fluir. Fausto é um clássico da Literatura mundial, e ao desvendar seus mistérios saimos de suas páginas com a sensação de que viajamos no tempo e no interior mais profundo da alma humana, sendo incapaz de nos sentirmos mais iguais ao momento anterior a leitura. É uma leitura que sacode nosso espírito. é um desafio para almas que desejam mais que as coisas finitas.

2 comentários:

  1. Tentei ler esse livro, não cheguei muito longe, a linguagem é bem complicada e ler pelo computador não me entusiasmou muito, mas esse é com certeza um dos livros que uma pessoa não pode morrer sem ler.

    Bárbara Tenório
    nº 06
    Série: 3ºB
    C.B.C

    ResponderExcluir